terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Mensagem de abertura da 212ª Festividade do Glorioso São Benedito de Bragança

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjveSsCXx27790ORx_voTTJtX0ka1S0u_JPxhBKTIokK4d19gWFupAuGGYJ9yrMlexr14llzn-VgAJPXuUImWpfKjNotuEE3nIBJhxjHGUFcJVHAoo1iXq8lnPOOzVYc4qZIj3PP1gYpcA/s1600/C%25C3%25B3pia+de+SBen+MenJesus+01.JPG                                                                                                                                                    MENSAGEM PARA A FESTIVIDADE DE SÃO BENEDITO 2010
Povo de Deus... Começa mais uma festividade do Santo Glorioso do povo bragantino! Vejamos um pouco de História:
Mais uma vez nossa fé e devoção são postos à mostra, como fundamentos da História e da Cultura dessa cidade prestes a completar 400 anos. Essa religiosidade exprimiu diversas realidades nesse tempo todo: a primeira, com as devoções portuguesas que nos foram confiadas na evangelização jesuítica de origem ibérica; a segunda, as devoções africanas e caboclas na Vila de Bragança, na Amazônia Colonial.
As devoções populares inauguraram a primeira festividade de São Benedito em 1798, com a fundação daquela Irmandade de marujos e marujas. Esse projeto foi uma luta importante para elevar os humildes marginalizados e garantir o seu crescimento da fé, na irmandade e na Igreja.
A escravidão ao mesmo tempo em que gangrenou aquela sociedade criou padrões de luta, liberdade e resistência, mas que fez brotar no coração daqueles homens e mulheres os bons auspícios para a busca pela cristandade e por Jesus Eucarístico, até nas melodias de seus cantos e folias, rezas e ladainhas, como vemos até hoje por ocasião das esmolações.
A Marujada tornou-se expressão dessa religiosidade, em cores e passos, com gestos lânguidos, reverentes e dançando como uma oração, a devoção e o agradecimento, tudo junto: fé, cultura em movimento e história se construindo em torno das heranças africanas e amazônicas. E todos juntaram o que puderam de melhor, como o tambor, a cuíca, o reco-reco e a rabeca.
É evidente que com o passar do tempo e com o fim da escravidão, a festa veio a ter ares de popularidade e sem ofuscar o Natal em Bragança, mas complementando-o, essa festa foi ganhando o mundo em devotos e romeiros, marujos e marujas. E essa história já dura mais de 200 anos. E vieram muitos e muitas, do vale do Caeté, das vilas e distritos, das roças e das lavouras, dos Campos, das Praias e das Colônias, e testemunharam o poder de Deus na humilde intercessão de São Benedito.
Dário Benedito Rodrigues
Na figura de uma pequena relíquia, Benedito nos encaminha a Jesus. É São Benedito nos mostrando Jesus, na fé e na força de todos e de todas, que ao longo do tempo encarnam com a própria cultura a sua religiosidade cristã. O Santo Negro, o marujo de fé, cordialmente nos convida a nos reunirmos com ele, em seu altar-mor, para adorar a Jesus Cristo, nosso Salvador, olhando para o irmão e para a irmã que mais sofrem e pedindo bênçãos para a nossa terra, com alegria e confiança.
Recebamos as bênçãos do Glorioso São Benedito...
Pe. João Nelson Pereira Magalhães
Presidente Eclesiástico da Festividade

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